Criança no celular: como usar a tecnologia de forma saudável e estratégica na infância

Em um mundo cada vez mais conectado e dependente da tecnologia, hoje, é cada vez mais comum que cada pessoa tenha um ou mais celulares em mãos. O aparelho está mais inserido do que nunca em nossa rotina e afazeres e diários. No entanto, qual é o risco da iniciação cada vez mais precoce da criança no celular?


Esse é um tema que constantemente leva ao debate de pais, professores, pediatras, psicólogos e outros profissionais. O celular tem, sim, a capacidade de afetar a criança tanto na vida escolar como na pessoal, e é sobre isso que vamos conversar hoje.

Atenção, pais, aos riscos do uso do celular fora da sala de aula

O celular já está inserido no cotidiano infantil e tem cada vez mais popularidade. O Comitê Gestor da Internet no Brasil, através do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC) traz levantamentos anuais sobre o uso de aparelhos celulares por crianças e adolescentes.


Segundo pesquisa, 93% das crianças de 9 a 17 anos são usuárias da internet, ou seja, acessaram a plataforma há menos de três meses. Desse montante, 93% fizeram o acesso através de um celular.


Além disso, o uso da internet é cada vez mais frequente e precoce nas vidas das crianças. Ainda segundo a pesquisa, 80% das crianças e adolescentes acessam a internet mais de uma vez por dia, e 20% (maior taxa) fizeram o primeiro acesso antes dos 6 anos.


No entanto, o uso dos celulares e da internet sem controle ou fiscalização podem trazer alguns riscos. A pesquisa diz que 44% das crianças e adolescentes já viram alguém ser discriminado na internet; 41% deles já tiveram contato com pessoas que não conheciam pessoalmente; 14% já disseram ter visto imagens ou vídeos de conteúdo sexual; e 16% afirmaram já ter agido de forma ofensiva online.


O uso excessivo dos aparelhos ainda levou 17% das crianças a deixarem de comer ou dormir; 21% a se sentirem mal por não estarem online em algum momento; 21% a navegar na internet sem estar interessado; 28% a passar menos tempo com a família ou amigos do que gostaria; além de 26% que disseram que já tentaram passar menos tempo nos celulares, mas não conseguiram.


Porém, especialistas ainda afirmam que além desses problemas, a exposição aos celulares na infância pode atrapalhar a evolução da coordenação motora e outras habilidades quando ainda bebê, além da diminuição da capacidade de comunicação e resolução de problemas.
 

 

A criança pode viciar no celular?

 

Além de tudo isso, o vício pode sim se tornar comum na infância e adolescência porque o cérebro está em desenvolvimento, e algumas partes só vão amadurecer completamente já na fase adulta, como, por exemplo, o córtex pré-frontal, justamente a região que controla impulsos e consegue fazer julgamentos.


Isso pode causar dificuldade em se afastar dos aparelhos, impulsividade, agressividade, perda de interesse por outras atividades e dificuldades de sair de casa.


Afinal, um cérebro em formação e um aparelho que fornece infinitos estímulos prazerosos por segundo é uma combinação que pode prejudicar bastante o desenvolvimento cognitivo e físico.


A luz azul, emitida por aparelhos eletrônicos, diminui a produção do hormônio do sono, e aumenta as chances de sedentarismo, problemas de visão e falta de vivência em espaço aberto.


Se identificar alguma dessas atitudes em seu filho, procure orientação e acompanhamento profissional.

 

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Celular na escola: vilão ou aliado?

Dada toda a discussão sobre o uso prejudicial dos celulares na vida das crianças, entramos em um subtema também muito debatido: é possível ter o celular como aliado na vida escolar ou ele só traz desvantagens? Tudo vai depender da dose.


Um dos principais aspectos negativos da liberação desenfreada do uso de celular em sala de aula é a falta de concentração dos alunos, já que eles tendem a ficar hipnotizados com tanto estímulo que vem dos aparelhos, sendo quase impossível travar uma competição.


Sem controle, além do comprometimento do desenvolvimento cognitivo, não há aprendizado, já que o desempenho infantil na escola tende a diminuir com a dependência aos celulares. Com isso, há desinteresse escolar, tarefas não são feitas e o índice de ensino cai.

Contudo, é importante destacar que o celular pode ter, sim, uso saudável na educação infantil, já que promove interatividade e envolvimento com a matéria; inovação em sala de aula, auxiliando na formação do senso crítico; além de maior praticidade e um mundo de possibilidades.


Mas para funcionar, é preciso que professores e educadores saibam como usar dessa ferramenta estrategicamente, se aproveitando de um meio habitual e desejado das crianças para gerar interesse em temas educativos.

 

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Criança no celular: como usar de forma saudável em casa?

É preciso que os pais imponham alguns limites para que o uso seja saudável, com regras estabelecidas e horários de uso vetado como refeições, durante estudos, programas familiares e hora de dormir.


Além disso, supervisione o celular, conversas e redes sociais. É papel do responsável identificar a atividade que o filho está fazendo e orientá-lo sobre os riscos que a navegação na internet pode ter.


Portanto, o celular tem sim boas funcionalidades e vantagens, mas o uso consciente e de forma saudável do celular na infância é responsabilidade de todos, com conversa, bons exemplos e limites estabelecidos. Com isso, o aprendizado fica mais prazeroso e tende a garantir grandes vantagens para a criança.

 

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