Dicas práticas para ressignifcar a alimentação infantil

Se você já acompanhou nossos artigos anteriores, já chegou aqui com diversos insights e reflexões. Esperamos que você já esteja vivendo essa transformação em casa, transformação que faltava apenas com os pais, uma vez que o IEIJ já traz isso às nossas crianças.

 

O que aprendemos até o momento

 

Antes do novo Coronavírus, Melina Caldani, nossa convidada especial na Websérie Repensando a educação alimentar das crianças, teve a oportunidade de se encontrar com as mães de nossos alunos para tratar sobre a lancheira escolar. Com nossos estudantes em casa, vimos a necessidade de manter a construção saudável que já trabalhamos e aqui estamos com nosso último artigo da série.

 

Em Comer bem é mais que ingerir nutrientes vimos que a alimentação saudável vai além do prato colorido, dependendo de vários fatores ambientais. Posteriormente, percebemos que a alimentação saudável se desenvolve quando cada pessoa cumpre o seu papel.

 

Como pais e cuidadores, temos a função de provedores e de facilitadores. A escola dá prolongamento a esse papel, tratando as questões da educação alimentar, porém, quem tem a função de comer e desenvolver a autorregulação, são as crianças e adolescentes.

 

Melina Caldani no evento "Descomplicando a lancheira"

 

Encerrando nossa jornada de alimentação saudável

 

Em Os quatro modelos parentais, trouxemos um pouco das formas que normalmente pais e filhos se relacionam, sendo: autoritária, permissiva, negligente e responsiva. Também conversamos sobre os impactos desses modelos na relação que a criança pode desenvolver na alimentação.

 

Para encerrarmos nossa jornada sobre alimentação saudável, trouxemos algumas dicas práticas aos pais e cuidadores. Mesmo que haja interferências e sugestões a respeito da alimentação dos nossos filhos, nenhuma substitui nossa decisão. No final das contas, quem compra, prepara e oferece, somos nós. 

 

Com o fim da websérie, esperamos que a família e o IEIJ estejam integrados, com o mesmo propósito de oferecer um ambiente saudável, estimulante e responsivo. Dessa forma, nossas crianças terão maiores possibilidades possíveis de comidas saudáveis.

 

3 passos para ressignificar a alimentação infantil

 

Em casa, durante o período de quarentena, existem coisas práticas que nós podemos fazer para desenvolver a autonomia e escolha das crianças, ressignificando a relação com a alimentação. Confira:

 

1. Lista de Mercado


Mesmo com os filhos não indo ao mercado, é possível incluí-los durante a elaboração da lista. Eles gostam de participar do processo, se sentem ouvidos e recebe a confiança do adulto.

 

2. Decisão do cardápio


Quando as compras chegam em casa, inclua a criança na decisão do cardápio e, na medida do possível, a inclua no preparo. Dessa forma, ela começa a aprender mais sobre os próprios gostos.

 

3. Não classifique os alimentos


Não tente valorar os alimentos como “bom” e “ruim”. Se você não considera aquele alimento bom para o seu filho, questione o porquê de estar em sua casa, mas também jamais enalteça um alimento, criando uma hierarquia. 

 

Não estabeleça quais alimentos são "bons" ou "ruins"

 

Integração família e escola

 

São pequenos passos práticos que podem ser bem desafiadores, mas são fundamentais para que possamos estabelecer uma relação saudável e duradoura da criança com a alimentação e consigo mesma.

 

Também não tem como tratar de alimentação infantil sem integrar escola e família, são todos ambientes com pessoas que influenciam a formação da criança. Nós, do IEIJ, temos consciência disso e fazemos o possível para que nossos alunos tenham uma relação harmoniosa e divertida com a comida, incentivando-os a escolher, colher e preparar os próprios alimentos com o nosso auxílio. Se você procura uma escola que valorize a alimentação do seu filho, que tal conversarmos?